Sou. E sou quando só,
Apenas
Porque no encontro
Sinto-me sufocada
Com vestes e golas de criminosa
Por abrir demais ou de menos
A boca os sons os
Poros os botões
As folgas
O riso as palavras as
Pernas
Por cometer o crime de manchar,
Com a tinta viva que gero
Por manifestar-me através de
Um corpo que
Flui
Cheiros
Não florais não rosados não depilados não maquiados
Por ser presença única,
Que não as sete bilhões ou mais de outras presenças
Por estar
Por dizer e silenciar
Por me amar
Sou delituosa
Por existir.
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