sábado, 27 de fevereiro de 2016



As histórias que escrevi verdes

No espelho

Dois minutos de resgate

Aos pulmões úmidos

Folhas fechadas
.
Bronquíolos de musgo angustiado empurrando espaço entre cada fresta espremida dos paralelepípedos abafados da calçada dérmica
.
Resistência
Selvageria solta na prisão dos riscos do rosto comprimido
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A seiva dos olhos da mãe-minha-terra
Orvalho da minha flora
.
Eu-mulheres
(Novas, crescentes, cheias e minguantes)
Força de germinar fôlegos
Reflexo dos lagos azuis em cavernas sombrias
As luas e seus esburacados
.
Toda esta
Vastidão

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Escrevo
Com a profundidade das ondas ressoantes dum violoncelo
Escrevo com toda mata selvagem e noturna que me habita, em tocaia
Escrevo com o berro distante das minhas aves de rapina
Pelo som das canções para chorar
Com toda a maré de confusão íntima
Com toda trilha sonora feita de gente
E mundo
Te escrevo
Não te salvando
De novo
Das minhas visões entorpecidas

- Feitas de gente
E mundo

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016