sábado, 7 de novembro de 2015

Eu queria mesmo
Era trilhar até o fundo das grutas dos seus olhos e tascar
Um beijo nesse corpo sincero 
Todo feito de luz refletida da água 
E gosto de fim de tarde pós-mar

Dizer as palavras que eu nunca disse
Em forma de cantigas e coisas ocultas
E no segundo seguinte espalhar seu riso largo nas montanhas de cada estrada
Fundir sua pele bonita e quente de caramelo e comê-la 

Degustá-la

Eu queria mesmo degustá-la
Essa moça bordada de segredos e palavras queimadas nas bochechas
E cheiro de chá
Essa moça que me amacia

Moça de seda 
Concede o favor
De passarinhar suas pétalas amarelas e roxas de primavera 
Nos meus ombros que esperam teu acalento
Na rede do meu coração 

Prometo te embalar suave

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