terça-feira, 21 de novembro de 2017



sangro e ouço a dor dos últimos meses revirando cada músculo meu do contrário
a minha sombra é gigantesca e eu não sei se sabia, antes
hoje meu útero grita dum jeito que eu preciso inspirar três vezes o tempo de uma só respiração pra aquietar
eu lembro que dentro do meu quarto de concreto tem floresta porque a floresta é dentro de mim
sou grata por esse rio que uiva e estremece minhas bases com suas revoltas de pedra e que leva embora o que precisa ir
e que vá
e que siga por novos percursos, riozin
que massageie meus nós todos, e abra espaço
vazio
silêncio
verdade
cura

Nenhum comentário:

Postar um comentário